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A sinagoga

A sinagoga é a única sinagoga sefardita autêntica em toda a Península Ibérica.
Ela preserva as antigas tradições que eram praticadas em Sefarad e em todo o mundo judaico — com exceção das comunidades asquenazitas (originárias principalmente da França e da Alemanha).

Aqui apresentamos alguns dos costumes únicos (entre muitos) observados por nossa comunidade. Alguns podem parecer mais marcantes aos olhos, enquanto outros parecem detalhes pequenos — mas juntos, como peças de um quebra-cabeça da tradição autêntica de Sefarad, formam uma estrutura espiritual significativa e coesa.

Por exemplo, esta é atualmente a única sinagoga em todo o território histórico de Sefarad onde os frequentadores não entram com sapatos.

Não há cadeiras nem mesas; em vez disso, tapetes são estendidos de parede a parede — conforme descrito por Maimônides (Mishnê Torá, Hilchot Tefilá 11:5):

“É costume mostrar respeito às sinagogas e casas de estudo, limpando e organizando os espaços. Em Sefarad, nas terras do ocidente (como Marrocos, Tunísia e Argélia), na Babilônia e na Terra de Israel, os judeus acendem lâmpadas nas sinagogas e estendem tapetes no chão para se sentarem sobre eles. Nas cidades de Edom (Europa Cristã, como Ashkenaz), sentam-se em cadeiras.”

Antes das orações, especialmente a Shacharit (oração da manhã), deve-se realizar uma lavagem — idealmente do corpo inteiro, mas ao menos do rosto, das mãos e dos pés, diariamente.

Antes de cada oração, é feito o ritual de lavagem das mãos (Netilat Yadayim) com bênção.

A leitura da Torá é feita pela própria pessoa que recita as bênçãos, diferentemente do costume atual em muitos lugares.


Aqueles que não sabem ler diretamente da Torá não se aproximam dela, e de acordo com a tradição antiga, ninguém pode ler em nome de outra pessoa.


Mesmo assim, aulas de leitura da Torá são oferecidas para quem deseja aprender.

As orações são propositalmente breves. Não se adicionam piyutim (poesias litúrgicas) além do que foi instituído pelos Sábios, seguindo o princípio de evitar o peso sobre o público (Torach Tzibur).

A comunidade utiliza seu próprio Sidur (livro de orações), baseado nos ensinamentos e testemunhos de Maimônides. Está prevista uma tradução para o português e o espanhol em breve.

Por fim, a sinagoga não possui mezuzá, pois não serve como moradia — conforme Hilchot Mezuzá 6:6. No entanto, todos os cômodos e edifícios ao redor possuem mezuzá.

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